sexta-feira, 18 de maio de 2007



No âmbito da disciplina de Área Projecto, resolvemos criar um Blog que englobe informações sobre as diferentes localidades do concelho de Viana do Alentejo e os seus pontos de interesse, de modo a servir de roteiro turístico para pessoas que queiram visitar e/ou passar uns dias no concelho de Viana do Alentejo.

terça-feira, 8 de maio de 2007

O Concelho de Viana do Alentejo




Situado no limite sul do distrito de Évora, o concelho de Viana do Alentejo ocupa uma área geográfica de cerca de 390 km2, fazendo parte deste as povoações de Alcáçovas, Aguiar e Viana do Alentejo. O actual concelho de Viana do Alentejo resultou da fusão do antigo termo das Alcáçovas com o de Viana, tendo sido moldado ao longo do tempo.
A época de dominação romana deixou marcas profundas nomeadamente dois importantes itinerários que ligavam, respectivamente, Beja e a Alcácer do Sal, e que cruzam em toda a sua extensão norte – sul.
No inicio do reinado de D. João II concluíam-se em Viana do Alentejo as cortes de 1481 – 82 e neste mesmo século Alcáçovas assistiu à assinatura do tratado de paz entre D Afonso V de Portugal e os “Reis Católicos”. Neste mesmo século Aguiar beneficiava da passagem que ligava os campos de Évora aos de Beja e Ourique e ainda da antiga ligação terrestre de Évora a Beja, tendo crescendo a partir do séc. XIII, época em que data a sua primeira carta de foral (1269).
O concelho destaca-se pelas boas terras de cultivo perto de cursos de água, facto que marcou não só a economia agrícola da região, mas também a expressão cultural agrária composta por senhores, rendeiros e camponeses.

Viana do Alentejo



Viana do Alentejo situada numa encosta de uma serra, possui marcas ancestrais do seu importante património histórico e monumental.
Foi a partir do séc. XIV que adquiriu a sua autonomia administrativa, mais precisamente em 1313, quando lhe foi concedida a carta de aforamento e foi mandado construir as suas muralhas. O Facto de este território ser fortificado confere-lhe uma grande importância em termos de estratégia militar, no âmbito da defesa do território nacional.
José Saramago, um amante da planície Alentejana, não ficou indiferente a esta região pelo que em “Viagens de Portugal” discorre os seguintes pensamentos:
“O viajante gosta de nomes (…) E por falar em nomes, custa-lhe entender porque quis Viana ser banalmente do Alentejo quando por bairrismo, repudiou o topónimo de Viana-a-par-de-Alvito.”
No final da idade média, Viana do Alentejo serviu de residência real e sede das cortes 1481-82, período de extrema importância também devido a construção de um conjunto de monumentos onde podemos destacar o conjunto do castelo, constituído pela fortaleza, pela matriz com o seu deslumbrante portal manuelino, e pela igreja da Misericórdia. Apesar da grande importância do património monumental de Viana, podemos destacar, pelas suas proporções, estilo e magnificência, o santuário mariano de N. Sra. d’Aires onde se celebra a tradicional feira de N. Sra. d’Aires, e umas das principais romarias do Alentejo.

Alcáçovas



A vila de Alcáçovas está situada sobre um caminho romano que ligava Ebora a Salacia (Alcácer do Sal), nome que deriva do árabe al-qaçabâ que significa cidadela fortificada, que remonta a um mito regional sobre um castelo fundado pelo rei D. Dinis, cuja existência nunca foi provada.
Identificada como residência habitual das mais nobres famílias alentejanas, esta vila alentejana foi escolhida, em 1479, para o local de assinatura do Tratado das Alcáçovas, de grande importância na sucessão da coroa castelhana e nas conquistas de Portugal na Guine, Madeira, Açores e no Norte de África.
Da sua extensa indústria artesanal podemos destacar os chocalhos de grande relevância na vida económica das pessoas, permanecendo, ainda hoje, a arte de trabalhar o chocalho, sendo retratada através de um museu com uma das maiores colecções do mundo.
A história recente das Alcáçovas esta intimamente ligada ao Monte do Sobral, local secreto de reunião dos Capitães de Abril, nas vésperas da Revolução de 1974.

Aguiar



Aguiar, de origens incertas, emerge de um obscuro Agar. Em 1269 é lhe concedida a carta de foral por Estêvão Rodrigues e D.Marinha Martins, passando mais tarde, a fazer parte da Casa dos Condes-Barões de Alvito, onde permanece até extinção dos vínculos.
A sua importância geográfica deve-se não só ao facto de se situar perto do concelho de Évora, mas também ao facto de estar junto ao caminho romano Évora – Beja, o que lhe confere uma relevância estratégica na ligação do Alto ao Baixo Alentejo.
No que diz respeito a riquezas podemos referir a exploração da terra, a arquitectura popular e a riqueza das tradições das suas gentes.

1º Dia

Viana do Alentejo


Manhã:


Praça da República



Na Praça da Republica podemos observar a estátua em homenagem ao Presidente do Município Dr. Isidoro de Sousa (1843-1914), o antigo edifício da Câmara (Paços do Concelho, séc. XVII), que foi abandonado pelos serviços centrais admirativos em 1972 e que recentemente foi transformado em Biblioteca Municipal e Posto de Turismo. As suas características arquitectónicas são actualmente poucas com excepção de uma janela e de uma lápida marmórea, pedra de armas municipais.
Podemos ainda observar, nos baixos dos antigos Paços do Concelho, a Fonte da Renascença, cuja a data exacta da sua construção se desconhece, no entanto, os seus elementos arquitectónicos permitem nos concluir que pertence aos finais do séc. XVI.




A Fonte é constituída por uma vasada em caixa de dois arcos plenos, geminados, repousando em esbeltos fustes de capitelação coríntia e bases flóricas, de mármore branco e do estilo Renascentista. Superiormente, no eixo do frontispício subsistem vestígios de um mutilado brasão régio.


Almoço:

Café–Restaurante das Piscinas Municipais “Kopus bar”
Estrada da Quinta de Santa Maria
7090-999 Viana do Alentejo





Tarde:

Castelo de Viana do Alentejo e Igreja Matriz


Edifício construído no Séc.XIV designado como uma fortificação de planta pentagonal irregular (constituído por cinco torres cilíndricas), no estilo gótico, com elementos manuelinos que teve origem no reinado de D. Dinis. Desde 23 de Junho de 1910 que é considerado um Monumento Nacional, conservando ainda elementos da arquitectura militar da fase alentejana da reconquista e repovoamento.
No meio do Castelo encontra-se um Cruzeiro que antigamente se situava no Santuário de N.ª S.ª de Aires. Este Cruzeiro foi esculpido na arte gótica-manuelina e mais tarde transportado para o Castelo em 1804.


A Igreja Matriz foi fundada no séc. XVI sob a invocação de Nossa Senhora da misericórdia e está localizada dentro das muralhas do Castelo. Tem como orago N. Sra. da Assunção onde podemos destacar a entrada principal, o interior da nave e as capelas laterais, em estilo manuelino. Assim como o castelo está também classificado como Monumento Nacional desde 1910.
As suas muralhas, rematadas por merlões e ameias, são percorridas por adarve e reforçadas por torreões de planta circular nos vértices, rasgados por seteiras e encimados por coruchéus de alvenaria. O torreão maior foi convertido em Torre de Menagem.

Descrição pormenorizada:


Da estrutura original subsistem a planta pentagonal irregular e parte dos muros da cintura de muralhas onde, das três portas primitivas, restam duas. Trata-se da porta principal do castelo e a porta localizada a norte do castelo. Mais tarde, sofreu obras de reestruturação, dando-lhe um novo reboco, uma nova cobertura de adarves sobre os muros e os coruchéus cónicos que encimam as torres. As novas ameias correspondem ao esquema que aparece, pelos finais do século XIV, na arquitectura militar. As torres circulares que marcam os vértices do pentágono formado pelas cortinas de muralhas datam, provavelmente, desta época. De qualquer modo, foram beneficiadas nesta campanha de obras com coroamento de ameias simples ou chanfradas e coruchéus cónicos. A torre de menagem, a Sul, é diferente das restantes possuindo ameias chanfradas, quer na torre propriamente dita quer no campanário pentagonal que se lhe segue, encimado por um coruchéu.
Realização única, não apenas do gótico final alentejano, mas também nacional, a Igreja Matriz, que deve ter começado a ser construída cerca de 1519-1521, é a obra que marca, pelas dimensões, pelo programa decorativo e estrutural, este conjunto monumental, estando atribuída a Diogo de Arruda, um dos mais importantes mestres pedreiros da época manuelina.
Considerando uma visão de conjunto, esta igreja, da invocação de Nossa Senhora da Anunciação, para além da sua especificidade estilística regional, apresenta-se como um exemplo marcante da diversidade estética que caracteriza a arquitectura da época de D. Manuel.
De facto aqui encontramos o gótico, a exuberância escultórica do manuelino, a influência mudéjar, ensaios decorativos de carácter renascentista e o programa iconográfico que representa o elo de união dessa diversidade: a heráldica régia.

O ordenamento da fachada principal e a composição volumétrica evidenciam, de imediato, a herança da arquitectura precedente na qual perpassa a força do modelo das igrejas mendicantes: planta de três naves com a principal mais elevada. Neste caso, e isso corresponde à evolução do modelo acima citado, sem transepto, quer inscrito na planta quer na volumetria, Mantém-se ainda, a iluminação autónoma de cada uma das naves. Logo se repara, também, no coroamento de merlões chanfrados e pináculos cónicos que percorre o topo dos muros e que é o sinal inequívoco da forte influência mudéjar na arquitectura deste tempo.
O portal, não sendo embora dos mais complexos, é dos mais interessantes de toda a arquitectura da época manuelina. O arco de volta perfeita é marcado e definido por dois registos simbólicos da maior importância religiosa e ideológica: a videira que nasce, em ambos os lados, da boca de uma figura humana no interior de um cesto, e um feixe de troncos nodosos enlaçados por uma fita em espiral. Quanto à videira, trata-se de uma representação simbólica do próprio Cristo: e os cestos que albergam as figuras humanas, nas bases, poderão remeter para a história de Moisés. Os troncos nodosos, registo muito frequente na decoração da arquitectura manuelina, poderão querer simbolizar a coroa de espinhos.
O que é importante salientar é que esta iconografia religiosa aparece representada em relação directa com a simbólica régia: a Cruz de Cristo, no tímpano, o Escudo Régio sobre o último arco redondo e, por fim, sustentadas no arco contracurvado formado por feixes de troncos, as duas esferas armilares, que são, de facto, as duas faces de uma mesma esfera, divisa do rei D. Manuel e símbolo da perfeição e da totalidade. A simbólica deste portal é enorme, mas não pode deixar de fazer-se referência às duas colunas que o ladeiam e cuja decoração integra claros elementos renascentistas.


Planta do Castelo



O Castelo é formado por 5 Torres: Torre da Misericórdia, Torre de S. Luís, Torre da Menagem, Torre do Relógio e Torre do Sino da Misericórdia.


Jantar:



“A Cave”
Loteamento do Mauforo, Lt. 17
7090 – 220 Viana do Alentejo
Telef: 266 953 736



Noite:



Shaker´s Bar
Rua da Àgua Abaixo, nº20 7090 - Viana do Alentejo

Alojamento em Viana do Alentejo:

Casa Viana, Turismo Rural, Lda.
Rua Cândido dos Reis, nº1
7090-238 Viana do Alentejo
Telef /Fax: 266 953 500
Telm: 969 309 931
E-mail:
casadevianaalentejo_turismorural@hotmail.com

Ou

Hospedaria “Casa Barrigoto”
Rua Eusébio Leão, nº3
7090 Viana do Alentejo
Telef: 266 453 179

2º Dia

Viana do Alentejo

Manhã:


Fonte das freiras



Situa-se no jardim público, num espaço envolvido por um muro, com bancos. Construída no reinado de D. João V a pedido das freiras do convento das Jerónimas de Jesus, para abastecimento do mesmo.
Aquando da sua abertura, o povo mostrou desagrado visto que esta se destinava apenas ao serviço das religiosas, sendo parcialmente demolida em Setembro de 1820, durante uma grande seca que atingiu a vila, acto originado por falta de documentação judicial e discordância do povo. Foi restaurada e embelezada em 1896 durante a presidência de Dr. Isidoro de Sousa, sendo lá afixada uma lápide com a seguinte inscrição: “A união faz a força! Querer é poder!”.
A fonte, de caixa-depósito em forma de pórtico cego e de arco geminado, robusteceu-se no fundo, por capeamento pétreo, do tipo rústico, onde se afixaram as referidas lápidas oitocentistas. A taça muito baixa, recebe a água através de três gárgulas antropomórficas, de metal fundido, e as arquetas nascem de pilastras molduradas, onde repousam quatro dos seis fustes marmóreos, cilíndricos e de bracelete, aparentemente uns manuelinos e outros clássicos.


Chafariz do Rossio das Hortas



Localiza-se junto à estrada nacional 257 Viana do Alentejo - Alcáçovas, junto à rotunda. No reinado de D. Manuel I sofreu algumas reparações e foi colocado o escudo de armas. Possui 15 marcos circulares de pedra que serviam para a cavalaria além de um murete de suporte do depósito de água, que corre para o vasto e baixo tanque de água de mármore. O chafariz adulterado através dos anos conserva ainda o período arcaico.


Chafariz da Praça da Palha



Foi edificado no ano 1904 onde se viu de lavadouro municipal. É formado por 16 marcos de pedra para prender o gado e por 2 extensos e germinados tanques de grossa alvenaria.


Fonte da Cruz



Esta fonte, construída em 1898, está situada na rua 5 de Outubro, junto a churrasqueira “Três Bicas”. Nos últimos anos tem sofrido algumas reformas estruturais o que fez com que se perdesse os marcos circulares, no entanto, ainda subsistem as três Gárgulas de bronze fundido e uma lápide com a sua data de construção.




Almoço:



Churrasqueira “Três Bicas”
Rua Padre Luís António da Cruz, 75
7090-284 Viana do Alentejo
Telefone: 266953348
Horário: Das 7h às 24h.


Especialidade: Frango Assado




Tarde:

Santuário Nossa Sr.ª D’Aires



De todo o património monumental de Viana do Alentejo, o que mais se destaca é o santuário mariano de N. Sra. d’Aires, um antigo local de peregrinação e forte crença religiosa.
Foi fundada no séc. XVI, mas foi apenas concluída em 1804, depois de 60 anos de obras, com o objectivo da permanência do altar da padroeira N. Sra. d’Aires no seu local original. Possui uma beleza incrível, e a sua composição interior, repleto de pinturas no tecto e com um altar em talha dourada enorme de estilo rococó, admirável.
Na Casa dos Milagres, as suas paredes estão totalmente revestidas de ex-votos, que constituem um dos mais curiosos "museus" de arte popular do país, onde as pessoas colocam o pagamento das suas promessas à Protectora.
A sua festa anual decorre no 4º fim-de-semana de Setembro e a romaria no 4º domingo de Abril, uma das principais romarias do Alentejo.


A lenda do Santuário:

O Santuário de Nª. Srª. D' Aires, surgiu em honra de uma lenda, e que nunca deixou de acudir aos crentes, que em horas de aflição apelaram para o seu auxílio, como o atestam as centenas de ex-votos expostos na Sala dos Milagres.
Conta-nos a lenda que, andando um agricultor de nome Martim Vaqueira a lavrar a sua terra, a relha do arado levantou uma caixa que continha a imagem da Senhora. Ficou o lavrador muito impressionado, pois já anteriormente sonhara com aquela mesma imagem, e logo decidiu construir no local uma ermida onde o precioso achado ficasse exposto à veneração dos fiéis. Esta tradição harmoniza-se, aliás, com uma incrição latina gravada na pedra exixtente sobre a porta principal da actual igreja.
Nos campos próximos realizam-se festas desde tempos imemoriáveis. Para atender às necessidades dos peregrinos, construiu-se uma fonte que ostenta a data de 1640, e na qual não falta o bebedouro para os animais.


Jantar:



Fonte Figueira – Restaurante – Bar
Horta Fonte figueira
7090 – 999 Viana do Alentejo
Encerra às 4ªs Feiras
Horário de funcionamento:
13.30h – 15:00h e das 19.30h – 24h


Especialidades: Pratos Regionais Alentejanos

3º Dia

Viana do Alentejo


Manha:


Olarias



A olaria é uma das mais antigas e tradicionais profissões praticadas no concelho de Viana. A pratica de olaria no concelho distinguiu-se pelo aspecto grosseiro pois nas suas peças não esta presente aspectos decorativos, o que actualmente já não é tão usual pois já se utiliza a pintura decorativa.
Antigamente o barro utilizado na olaria era retirado da terra do concelho, hoje em dia isso já não acontece devido à grande qualidade e baixo custo do barro embalado e pronto a utilizar.
As peças fabricadas, destacando os alguidares vidrados que hoje em dia ainda são utilizados nas tradicionais matanças dos porcos. Podemos ainda destacar as bilhas, barris e cântaros utilizados para armazenamento de água.
Nos tempos que correm o recurso a novas tecnologias (roda e fornos eléctricos) é fundamental para a competição nos mercados, isto também baixou o esforço exigido ao oleiro e o tempo para o fabrico das peças.
Nos finais do século XX esta profissão esteve quase extinta no concelho, pois não lhe era prestada a devida atenção e a transmissão de conhecimentos para esta arte já não era realizada pois já eram escassos os aprendizes e os mestres já eram bastante idosos. Mas com a reactivação das escolas de cerâmica foi assegurado a continuação desta actividade no concelho. É de ainda louvar esta arte pois a maior parte dos trabalhadores que pintam a cerâmica é feminina, contribuindo assim para a redução do desemprego das mulheres no concelho.
Na vila de Viana existem três artesões de olaria com as suas respectivas olarias:

Feliciano Agostinho


Rua de Vila Nova, nº5 (Junto ao castelo) ou Rua João Chagas, 20 7090 - 253 / 273 Viana do Alentejo Tel.: 266 953 806 Fax: 266 939 321

Feliciano Agostinho aprendeu a trabalhar o barro aos 13 anos, enquanto na Escola Técnica de Viana frequentava o hoje infelizmente desaparecido Curso de Olaria. Actualmente com 57 anos trabalha com o seu filho naquela arte.

António José Lagarto


Rua da Fonte Figueira, nº18 (Estrada para Alvito)7090 - 999 Viana do Alentejo
Tel.:266 939 164
António José Lagarto, 50 anos, aprendeu os segredos da profissão aos 11 anos, com o seu pai, Francisco Narciso Lagarto.

Rafael Banha



Rua dos Fragosos, nº11, 7090 Viana do Alentejo

Tel: 266 953 115


Almoço:

Aguiar




Café – Restaurante "A Romeirinha"
Rua 10 de Outubro, Lote 67090 - 405 Aguiar
Telef: 266 791 347

Especialidades: Carne de Porco à Alentejana, Borrego Assado no Forno, Omolete de espargos, Migas de Espargos, Feijoada, Ensopado de Lebre
Doces regionais: Morgado, Mel e Noz, Encharcada, Sericaia


Horário: de 2ª a 6ª feira, a partir das 18 horas. Fim-de-Semana das 11 às 24 horas
Preço médio por pessoa: 8€


T
arde:


Igreja matriz



Igreja paroquial fundada em épocas muito remotas, já é citada em documentos régios do ano de 1320. A igreja primitiva perdeu-se nos princípios séc. XVI sendo melhorada após a Visitação de 1534 e tendo sofrido grandes alterações arquitectónicas no séc. XVIII.
Do conjunto edificado salienta-se a abóbada manuelina da capela-mor e alguns pormenores escultóricos nos fechos da abóbada e nos capitéis. Sobre o portal da entrada encontra-se, à vista, o mecanismo do relógio.



Igreja das Chagas



Sabe-se que a sua irmandade já existia em 1733.
Do imóvel salientam-se os frescos de fins do séc. XVIII e inícios do XIX na abóbada da capela-mor.

Fonte do passo



Localizada na Azinhaga da fonte, acerca de 500 m do lado oriente. De edificação desconhecida mas sabe-se, que sofreu melhoramento e lhe foi construída a actual cobertura de alvenaria em 1936. tem arcada de três arcos redondos e cúpula gomeada, envolvida por coruchéu piriforme, poiais de pedra e pequeno tanque anexo, destinado ao gado caprino e ovino.

Anta de Aguiar



Situada a 300 m a poente de Aguiar, é um dos monumentos megalíticos mais importantes do concelho. Ascende à época romana e dela restam apenas alguns vestígios, conserva o corredor, a câmara funerária e a laje de cobertura ainda que tombada. Servia como local de culto dos mortos durante a época neolítica.


Jantar:



Café - Restaurante “O Parque
Loteamento do Poceirão, lote 8 A, Aguiar
nº telef. 266791274

Especialidades: Migas de Pão, Migas de Espargos, Sopa de Cação, Sopa de Catacuzes, Sopa de Tomate
Doces regionais: Amores de Viana, Encharcada, Sericaia

Encerra à quarta-feira
Preço médio por pessoa: 8/9 €
Menu especial de semana: 6€

4º Dia

Manhã:


Alcáçovas


Igreja Matriz (ou do Salvador)




Era, originalmente, uma pequena ermida gótica da época quatrocentista construída no reinado de D. Fernando II, Bispo de Évora. Esta Igreja foi edificada no séc. XVI em plena renascença, onde podemos visualizar traços arquitectónicos da época, contudo a fachada do templo, o altar-mor e capelas laterais apresentam uma decoração típica do barroco.
Hoje em dia é propriedade privada da Igreja Católica e é utilizada para eventos culturais.



Igreja da Misericórdia


Construída no séc. XVI, e apesar das sucessivas reestruturações, a sua actual arquitectura mostra principalmente traços setecentistas, como por exemplo, um retábulo de talha dourada e policromada do altar-mor que pertence a época do barroco.


Núcleo museológico de miniaturas



Recuperado do antigo museu da Casa do Povo (inaugurado em 1951) expõe uma pequena colecção de miniaturas representativas do quotidiano litoral alentejano, que se situa na actual sede da Junta de Freguesia de Alcáçovas.



Almoço:



Restaurante "Paço Real"
Rua dos Ciprestes, nº38
7090 – 051 Alcáçovas
Telef.: 266954374
Encerra ás: Terças-Feiras


Tarde:

Paço Real e Jardins




É recordado como o primitivo solar da vila e morada temporária de D. Dinis.
Apresenta uma enorme beleza arquitectónica e um valor histórico de grande importância apesar das constantes remodelações ao longo dos tempos, principalmente no sec. XVI.
Classifica-se imóvel de interesse público devido ao célebre Tratado das Alcáçovas, casamentos reais e aos testamentos régios que ditaram a sucessão da coroa Portuguesa.
Situados na fronteira do passo real localizam-se os jardins e a igreja da nossa Senhora da Conceição. Esta última apresenta restos de uma curiosa decoração que mostra os gostos seiscentistas influenciados pela tradição marítima de D. Jorge Henriques, apesar de ter sido fundada em 1622.



Ermida de S. Teotónio




Foi fundada pelo deão de Évora, Teotónio Manuel, no séc. XVII. Em 1832 foi-lhe acrescentado a torre sineira.



Jantar:

Restaurante “ O Chocalho”
Rua da esperança, nº 30
7090-029 Alcáçovas
Telef: 266 949 071


Alojamento em Alcáçovas:



Turismo de habitação “Casa Santos Murteira
Rua de São Pedro, nº 70
7090- 041 Alcáçovas
Telef: 266 954 744

Ou



Agro turismo “Monte do Sobral
Estrada das alcáçovas
7090 Alcáçovas
Telef: 266 954 717







5º Dia

Manhã:

Alcáçovas


Museu do Chocalho



Colecção particular de aproximadamente 3000 chocalhos, do mestre João Chibeles Penetra, onde estão incluídos um chocalho suíço e outro alemão feitos a máquina, alguns instrumentos de trabalho, e exemplares de todas as fases de fabrico dos chocalhos. Os chocalhos ornados com as iniciais da sua casa, constituíam um motivo de orgulho para os ganadeiros.
Este museu localiza-se na Rua da Esperança 152/4, 7090-029 Alcáçovas. Para visitar o museu contactar o nº 266 954 131.


Ermida de S. Pedro



Obra de arquitectura popular e religiosa, construída em aproximadamente 1536, e foi restaurado séc. XVIII, localiza-se no beco de S. Pedro e é de carácter privado. Podemos destacar as pinturas murais onde não narrados momentos da vida de S. Pedro e um amplo alpendre em volta da ermida.


Almoço:

Restaurante “Esperança” (mais conhecido como “O Chio”)
Rua da Esperança, nº45
7090-029 Alcáçovas Telef: 266 954 195



Tarde:


Palácio Fragoso – Barahona



Complexo formado por vários edifícios que compõem o passo dos Fragosos de Barros, onde residiam antepassados e familiares Costa Vieira, grupo de edifícios que foi adquirido por altura de 1650 e muito melhorado pelo deão da Sé de Évora D. Teotónio Manuel. O palácio ocupa uma vasta extensão do limite Sul da vila, sendo delimitado pelas Ruas dos Arcos, Amadas e Direita, esta no troço hoje designado de S. Teotónio.
A fachada principal, a Norte, mantém o aspecto arquitectónico que lhe foi imposto a partir da década 1770, e os acabamentos verificaram-se por volta de 1813, data que coincidiu com o apeamento do escudo de armas dos Vieiras, que adornava esta frente.
Contém também uma biblioteca, que é um exemplar muito raro na província, formado por cerca de 3000 volumes impressos, muitos deles encadernados em carneira e pergaminho.



Ponte de pedra da ribeira das Alcáçovas



A cerca da 5 km da vila mais precisamente junto da antiga estação de Viana. Subsiste a velha ponte dominando as cristas roquelas de maior largura da ribeira. Edificada em data imprecisa, mas a sua arquitectura remonta os sec.XV/ XVI, e sofreu uma profunda reforma no ano de 1606. É constituída por 3 arcos de volta plena, de grossa cantaria com diferentes volumes e vãos, e conserva escassos elementos que podem ser da época romana. Sofreu grande obra de reparação no nosso tempo, através dos Serviços Hidráulicos e da Direcção-Geral de Viação.




Ermida do Senhor da Pedra



Ao sul do Convento de N.ª Sr.ª da Esperança e no sopé do monte da Esperança ergue-se esta ermida, edificação ulterior a 1758 que assinalava, desde o século XVI, segundo se admite, a localização do Cruzeiro do mosteiro. Aqui se encontravam, processionalmente, os fiéis das diversas confrarias laicas, quando das peregrinações regionais.

O interior compõe-se de modestíssima nave de planta rectangular, com tecto de meio canhão e alçados lisos, caiados de branco. Lateralmente rasgam-se dois nichos vazios, e o altar-mor, aberto por arco mestre redondo, decorado pelo emblema domínico, é concebido num vão de cilindro cortado, apenas composto pelo cruzeiro da primitiva ermidinha de N.ª Sr.ª da Graça, obra marmórea assente em fustes de capitel jónico.



Jantar:


Restaurante-Pizzaria “O Altinho”
Rua José de Sousa Cabral, nº42
Viana do Alentejo 7090-275
Telf:963742384
Aberto todos os dias, das 10h ás 22h excepto as Quartas-Feiras.






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FESTIVIDADES


Aguiar



Festa da Primavera



A festa da Primavera trata-se de uma festa de cariz popular que tem lugar durante o fim-de-semana e inclui música, desporto, exposições e boa disposição. Realizou-se, pela primeira vez, em Junho de 2002, na freguesia de Aguiar.




Alcáçovas


Feira de Alcáçovas



A Feira anual de Alcáçovas, denominada antigamente de “Feira do Chocalho” realiza-se no Largo da Gamita no quarto fim-de-semana de Julho.Desde o século XVIII que a vila de Alcáçovas se distinguiu pelo fabrico e comercialização de chocalhos, transformando estes simples objectos utilitários em peças artísticas e de decoração. É uma feira franca bastante antiga, com cerca de duas centenas de anos onde se comercializavam vários artigos, nomeadamente, chocalhos.


Os visitantes são, na sua maioria, habitantes da vila e população de outras localidades vizinhas. Ao longo dos tempos a feira tem evoluído, apresentando hoje espectáculos musicais, desportivos e tauromáquicos. Também o número de expositores tem vindo a aumentar de ano para ano.



Festa de N.ª Sr.ª da Esperança



A Festa de Nossa Senhora da Esperança tem lugar no domingo do Espírito Santo, num monte pitoresco situado a 4 km da vila de Alcáçovas, onde se encontra uma ermida e igreja com o mesmo nome.


A Romaria realiza-se 40 dias depois da Páscoa e são os habitantes de Alcáçovas que através dos seus cantares e boa disposição animam a festa. É uma romaria essencialmente religiosa e que assenta no convívio entre os participantes que passam o dia junto à ermida.



Mostra de Doçaria



A Mostra de Doçaria realiza-se no mês de Novembro e é da responsabilidade da Autarquia de Viana do Alentejo. O objectivo é preservar as raízes da doçaria conventual e palaciana e dar a conhecer o que de melhor se faz no Concelho.



2000 – Ano em que foi feita pela primeira vez e contou com a participação de 12 doceiras apenas do Concelho. No ano seguinte, a mostra foi alargada a doceiras do distrito de Évora, o que levou a uma mudança de espaço. A Casa Santos Murteira acolheu nesse ano 18 doceiras.

2002 - A III Mostra de Doçaria afirmou-se no panorama dos eventos de Inverno na região fazendo parte da campanha promocional “Alentejo à Mesa” da Região de Turismo de Évora.

2003 - O certame voltou a mudar de espaço - tenda montada junto à delegação da Autarquia - devido há grande afluência de participantes (25) oriundos um pouco de todo o Alentejo.
A par das iguarias de fazer crescer água na boca, os sons tradicionais têm sido presença assídua no certame que, todos os anos, conta com a presença de chefes de cozinha conhecidos do grande público. É uma oportunidade única para descobrir novos sabores e sons em Alcáçovas.



Festa de São Geraldo



A Festa em honra de São Geraldo realiza-se anualmente no dia 15 de Agosto. Desde 1976 que a Festa se realiza ininterruptamente junto da ermida de São Geraldo, num dos extremos da vila.



Viana do Alentejo


Romaria a Cavalo




A Romaria a Cavalo realiza-se desde 2001, no quarto fim-de-semana de Abril, entre a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita do Ribatejo, e o Santuário de Nossa Senhora D’Aires, em Viana do Alentejo. A romaria é feita pela antiga canada real, mais conhecida pela estrada dos espanhóis num total de 120 km e contou, na primeira edição, com a participação de cerca de 200 romeiros.


Durante o percurso os romeiros passam pela Herdade da Valdera, Bairro do Margaço, Quinta do Sousa, Monte do Gradil, S. Cristóvão, São Brás do Regedouro e, por fim, pelo Santuário de Nossa Senhora D’Aires.A romaria pretende recuperar uma tradição antiga abandonada há cerca de 70 anos, quando os lavradores se deslocavam com os seus animais ao Santuário para pedir protecção para o gado e boas colheitas.Até 2006 a iniciativa foi da responsabilidade da Associação Equestre Moitense e contou com o apoio das Câmaras da Moita e de Viana do Alentejo. Em 2007 a Romaria é organizada em conjunto pelas Câmaras da Moita e de Viana do Alentejo e pela Associação Equestre de Viana do Alentejo e Associação dos Romeiros da Tradição Moitense. A Romaria a Cavalo coincide com a tradicional peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora D’Aires que atrai, anualmente, centenas de pessoas ao Concelho.



Feira D’Aires



A Feira D’Aires realiza-se em Viana do Alentejo no quarto fim-de-semana de Setembro. Trata-se de uma feira centenária e inclui manifestações religiosas, música, mostra de actividades económicas e comércio tradicional.


O certame tem mais de 250 anos de existência e realiza-se em torno do Santuário com o mesmo nome que recebe todos os anos milhares de devotos. Ao todo são três dias de festa num certame que todos os anos apresenta novidades aos milhares de visitantes que se deslocam a Viana do Alentejo.
Recorde-se que na origem da feira está a promessa feita pelos comerciantes de Évora em 1748, caso a epidemia que grassava na cidade fosse debelada, o que veio a acontecer. No seguimento dessa promessa, passou a realizar-se anualmente uma feira em torno do santuário que por alvará régio datado de 1751 concedido por D. José I, se torna feira franca.



Semana Cultural “Viana em Festa”



A Semana Cultural Viana em Festa ocorre na semana que antecede a Feira D’Aires e é organizada pela Câmara Municipal de Viana do Alentejo.


Os dois principais objectivos do certame são fomentar o gosto por diversas actividades quer culturais, quer desportivas e oferecer um programa cultural atractivo.